Com o início de um novo ano, muitos investidores começam a investigar as oportunidades de investimento no mercado financeiro. A primeira Super Quarta do ano faz desta uma discussão ainda mais acalorada, pois é o primeiro balizador oficial das políticas que afetam a economia, no Brasil e no mundo. Nesse momento, é muito comum o surgimento de questionamentos sobre quais investimentos escolher, especialmente sobre os investimentos em renda fixa, frente às taxas de juros previstas para o ano.
Segundo o último Boletim Focus (o mais próximo que temos do Beige Book aqui em terras tupiniquins lusófonas), a perspectiva para 2024 é que a Taxa Selic caia para 9,25%. Com a previsão de juros mais baixos, as chances de atingir o patamar de 1% de rentabilidade mensal parecem se distanciar da realidade para muitos investidores, o que não é, necessariamente, um fato indiscutível.
Frente a diversas opiniões (muitas vezes, diametralmente opostas) decisões sobre alocação de patrimônio em diferentes modalidades de investimento podem ser difíceis, mas uma estratégia muito eficiente para evitar sustos e manter uma boa rentabilidade com baixa volatilidade é a diversificação da carteira. Quer saber como decidir onde alocar seu patrimônio com rentabilidade e segurança? Continue lendo o artigo e saiba mais!
Índice
Renda Fixa vs. Renda Variável
Reduções nas taxas de juros tendem a estimular a migração de capital alocado, da renda fixa para a renda variável, causando um aumento no volume de investimento em ativos de maior volatilidade. Porém, isso não quer dizer que os ativos de renda fixa perdem, completamente, a atratividade em um cenário de queda dos juros. Essa divisão da alocação é uma questão muito sensível e pessoal, balizada pelo grau de tolerância a risco dos investidores, mas escolher uma (ou outra) direção como principal nem sempre é uma boa estratégia.
Apesar dos retornos oferecidos por investimentos de renda variável serem, potencialmente, maiores que no caso dos investimentos de renda fixa, este dado isolado não deve ser utilizado como fator absoluto em nenhum processo decisório. Mesmo com a queda da Taxa Selic, investimentos em renda fixa ainda são atraentes, o que se deve, principalmente, ao fato da taxa ainda apresentar dois dígitos. No entanto, muitos especialistas acreditam que este é o momento ideal para reconsiderar uma composição de carteira com maior alocação em ativos de renda variável, tais como carteiras de ações e fundos imobiliários. Afinal, como fazer isso com segurança?
Como investir quando as taxas de juros caem?
Para maximizar ganhos e minimizar riscos, investir em períodos de queda das taxas de juros requer uma abordagem estratégica. Períodos do ciclo econômico que apresentam quedas nos juros tendem a incentivar a tomada de risco e a alocação em ativos de renda variável. Da mesma forma, no caso dos investimentos em renda fixa, o momento pode ser oportuno para migrar parte do capital alocado dos títulos pós-fixados para os prefixados e atrelados à inflação. A questão, mais uma vez, é sensível e pessoal, e a medida dessa migração depende do apetite por risco de cada investidor.
Em geral, com a queda dos juros, ativos de investimentos em renda variável, tais como ações e fundos imobiliários, são vistos como boas oportunidades. Em meio a esse cenário e frente a uma infinidade de opções, analistas, gestores e investidores encontram, na diversificação de investimentos, diversas maneiras para ajustar as carteiras e maximizar seus ganhos alocando o patrimônio em uma variedade maior de ativos, tais como carteiras de ações, carteiras de debêntures, Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e fundos multimercado.
Diversificação como Estratégia Frente à Queda dos Juros
Seja qual for o seu perfil de investidor, é importante ter em mente que a melhor maneira de diminuir sua exposição a riscos é alocar seus investimentos em uma quantidade razoável de ativos com características distintas, sejam eles ativos de renda fixa ou renda variável. No caso de uma carteira com alta diversificação, eventuais impactos negativos causados por um ativo específico não seriam suficientes para afetar, sensivelmente, a rentabilidade da carteira como um todo, visto que estes impactos seriam diluídos frente aos resultados dos outros ativos que compõem a carteira.
Carteiras de Ações
As carteiras de ações são uma maneira eficiente de diversificar os investimentos em renda variável, especialmente quando a estratégia escolhida já apresenta um certo nível de exposição ao mercado de ações. Elas costumam ser compostas por ações de empresas atraentes, que têm um bom histórico de sucesso e boas perspectivas de crescimento no longo prazo.
A fim de maximizar seus retornos em um cenário de juros em queda, gestores e investidores costumam considerar uma seleção de ações de valor. Aquelas que têm um histórico sólido e boas perspectivas, de retorno positivo e crescimento a longo prazo, são escolhas atraentes nessas circunstâncias.
Carteiras de Debêntures
Outra maneira de apostar no desempenho positivo de empresas listadas em bolsa é a alocação em carteiras de debêntures. Sua composição é formada pelas debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas (exceto instituições financeiras ou de crédito imobiliário) que permitem aos investidores emprestar dinheiro para pagar os juros e o valor principal. Esses títulos podem ter diferentes prazos, taxas de juros e formas de pagamento, oferecendo aos investidores uma variedade de opções de investimento em termos de alocação, prazo e retorno.
As carteiras de debêntures podem ser uma excelente opção para garantir a diversificação por tratar-se de um tipo de investimento em renda fixa que pode render um bom retorno para quem deseja ter mais segurança em seus investimentos e, ao mesmo tempo, ter uma carteira variada com menor exposição a riscos.
Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs)
Em um cenário que apresenta uma perspectiva de juros em queda, os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) estão, cada vez mais, sendo percebidos como um componente muito importante das estratégias de investimento e, cada vez mais, assumindo um papel de destaque no mercado financeiro. Esses fundos, que investem em empreendimentos imobiliários tais como shoppings, hospitais, lajes corporativas, galpões logísticos e outros tipos de propriedades, são atraentes porque podem oferecer uma alta diversificação e baixa volatilidade, quando bem geridos, entregando retornos contínuos independentemente das altas de juros.
Além de uma maior previsibilidade do retorno, uma característica inerente aos FIIs é a valorização dos imóveis que compõem a carteira. Como são ativos físicos reais, tendem a preservar seu valor e oferecer ganhos futuros, devido a uma potencial valorização dos ativos em si ao longo do tempo, o que vem tornando a busca por esse tivo de ativo mais intensa ao longo dos últimos anos.
Fundos Multimercado
Os fundos multimercado são uma modalidade de investimento que permite maior flexibilidade e liberdade de escolha ao investir. Isso ocorre porque eles têm a capacidade de combinar uma variedade de investimentos, tais como ações, CDBs, títulos públicos ou privados, câmbio e derivativos, entre outros.
O objetivo desse tipo de investimento é atingir uma rentabilidade maior, diversificando a carteira de investimentos. Assim como no caso das ações, estão sujeitos às flutuações do mercado, especialmente quando sua composição é muito apoiada nesse tipo de ativo de renda variável.
Neste tipo de aplicação, os investidores não estão envolvidos, ativamente, no processo de investimento. Em vez disso, o capital será alocado por um gestor qualificado, que selecionará os ativos mais adequados para a estratégia do fundo. Mesmo depois que o patrimônio dos clientes é aplicado, o gestor ainda tem o direito de alterar a composição dos fundos de investimentos de acordo com as possíveis mudanças na situação econômica, a fim de garantir o melhor desempenho possível.
Conclusão
Em um cenário de queda das taxas de juros, há uma grande tendência de migração de capital, de investimentos em renda fixa para investimentos de renda variável. Com isso, a exposição a risco aumenta, fazendo com que investidores e gestores escolham, com cautela, alternativas seguras para a diversificação das carteiras de investimento por meio da alocação em ma variedade maior de ativos disponíveis no mercado.
Se você ainda está na dúvida em relação à sua estratégia de diversificação como maneira de proteger seus investimentos e garantir um retorno positivo, entre em contato com nossos especialistas e agende uma conversa. Nossa equipe está à disposição para ajudar com todas as suas dúvidas e auxiliar na busca por uma carteira de investimentos que se adeque a seus objetivos e perfil de investimento.